06 fevereiro 2018

Stryper - God Damn Evil


1) Stryper SEMPRE foi uma banda polêmica. Uma banda cristã usando blush, batom, púrpura, fotos promocionais parecendo prostitutas de esquina, nos anos 80, fazem essa capa e esse título parecerem brincadeira de criança.

2) Capa polêmica? Praticamente todas: Soldiers (soldados de Deus empunhando metralhadoras, na frete de um tanque de guerra); To Hell (foi tão polêmica que foi boicotada e tiveram que fazer outra); IGWT (usando a frase que está em todas as notas de dólar para criticar o amor ao dinheiro); Against the Law (eles atrás das grades).

3) Título polêmico envolvendo "palavrão"? Já fizeram isso lá atrás, com "To Hell With The Devil". E isso foi nos anos 80. Muito mais escandaloso.

4) Stryper foi tão "polêmico" e controverso que pastores televisivos americanos (como o Jimmy Sweggart - o Silas Malafaia americano) gastaram programas de TV falando aos pais que não permitissem que os filhos escutem Stryper.

5) Sobre o novo disco: "God Damn it" é um termo ofensivo, sim. As pessoas dizem "God Damn it" quando estão iradas. É tipo um "Vai a merda!" ou "Puta merda!" aqui do Brasil. É um "palavrão", mas não tem conotação sexual. É um palavrão tanto quanto "To Hell...", é uma expressão que os americanos falam quando estão putos com alguma coisa.

6) Qual foi a sacada do Stryper? Deus "puto" com o mal, com a "Babilônia". Na imagem, vemos uma grande metrópole, sinais de $, anúncios relacionados a prostituição, gula, consumismo, símbolos de multinacionais, e uma figura que representa Deus (junto com seus anjos) vindo destruir todo esse mal.

7) É algo que vai acontecer? Deus destruindo coisas assim? Ninguém sabe. Existem exemplos na Bíblia de Deus vindo destruir tudo. Mas, isso é irrelevante. A capa apresenta uma representação artística para ilustrar uma ideia. Da mesma forma como ninguém deve acreditar que para ser um "soldado de Deus" precisa empunhar armas, só porque isso está na capa de um disco do Stryper.

8) "Ah, mas Deus está parecendo Zeus." E daí? Ninguém nunca viu Deus, nem sabe como ele/ela/isto é. (Na verdade, ninguém nunca viu Poseidon também). Quando buscamos representar Deus, na arte, ou num texto, usamos uma coisa que na teologia chamamos de "antropomorfismo", que é atrubir formas humanas a Deus. Os autores bíblicos fizeram isso várias vezes, como quando dizem que "os olhos de Deus estão em todos os lugares" - Deus não tem olho. Deus é espírito. Um vento. Não tem forma, nem cabeça, nem olhos.

9) "Ah... eu não gostei. Achei forçado". Ok. mas isso é opinião pessoal sua. Eu adorei. É Stryper sendo Stryper. Polêmico e deixando os religiosos de cabelo em pé.

10) "Ah, mas vocês elogiam tudo o que eles fazem. São cegos idólatras". Pelo contrário. Por exemplo, embora tenha achado a ideia, o título e a representação da capa muito legais e geniais, achei esse "Deus" photoshopado demais e meio destoado do restante da arte. Deus está olhando pra cima com cara de galã. Poderiam ter feito um Deus irado, com sobrancelha fechada, olhando para toda a destruíção com ira. Ficaria bem mais legal.

Fonte: https://www.facebook.com/stryperbrazil777

EXPLICAÇÕES SOBRE A CAPA POLÊMICA

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QUE TIRO FOI ESSE?

Que tiro foi esse? Que deram nos cérebros brasileiros roubando-lhes a capacidade de pensar sobre o que cantam e não proclamar o que encanta. Que tiro foi esse? Que acertou os tímpanos do nosso povo fazendo-os ouvir lixo achando que é música. Que tiro foi esse? Que acertou os olhos de uma nação fazendo-os cegos às mazelas do nosso país. Que tiro foi esse? Que paralisou o nosso povo impedindo-os de reagir aos constantes assaltos aos cofres públicos. Que tiro foi esse? Ah, Brasil! Que tiro foi esse que nos acertou em cheio, que roubou o nosso brilho e que nos fez retroceder? É verdade que nós não sabemos de onde veio o tiro, mas é bem certo que esse tiro já derrubou muita gente. Que Deus nos ajude!! Arnaldo Jabor